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sexta-feira, 29 de julho de 2016

[Opinião] - Fritadeira de ar quente (sem óleo) - Silvercrest

Opinião (dele, J.)



Pois é, já há muito tempo que andávamos de olho nestas fritadeiras, mas a oferta do mercado, que é mais que muita, não satisfazia, não só a carteira, como a necessidade. Tudo o que existia era acima de 120€ e as mais baratas exigiam o uso de 1 colher de sopa com óleo… (então que raio de fritadeira sem óleo são estas?)
Embora goste muito dos meus grelhados, existem alguns fritos que também fazem parte do meu cardápio, nomeadamente batatas fritas, rissóis, entre outros…
Então, por encanto, não nos bateu à porta, mas veio parar à caixa do correio o panfleto do LIDL, que anunciava Fritadeira de ar quente (sem óleo) por 79,99€.
Lógico que não podia deixar escapar a oportunidade. Ainda para mais, tendo a benesse de pudermos testar o aparelho e caso não nos agradasse, usufruir do prazo de 30 dias para devolução do artigo (prazo fornecido pelo próprio LIDL).
Às 8H00 lá estava eu à porta do estabelecimento, à espera da sua abertura, pois quem conhece a casa, sabe o que ela gasta, ou somos dos primeiros da fila para se conseguir “deitar” a mão a este tipo de artigos, que por si só são poucos em stock, ou corremos o risco de voltarmos para casa de mãos a abanar. Se bem que felizmente, o LIDL, nos últimos anos, melhorou neste aspecto e tem reforçado o número de artigos disponibilizados para venda.
Mas felizmente tive sorte, e consegui trazer 1 das 4 (aqui está o que eu refiro… apenas 4 em stock!!) existentes. Mas sempre tive mais sorte dos que foram atrás dos compressores de ar, pois este só havia 1 disponível e já estava a gerar confusão sobre quem foi o primeiro a deitar a mão… é triste as casas promoverem artigos e aliciarem com preços acessíveis e depois disponibilizarem apenas 1 unidade para venda!! Fica mal para a casa, pois nem o cliente que pretendia o produto fica satisfeito, como os outros que não pretendiam esse artigo têm de assistir, durante as suas compras, às mais variadas cenas, como insultos, gritos ou até mesmo agressões, como já aconteceu.
Mas deixando o off-topic e retomando o que interessa… já cá está e já faz parte do património da nossa cozinha. 

Características:

  •  Ajuste da temperatura (entre 80ºC a 200ºC);
  • Temporizador analógico com máximo de 30 minutos;
  • Função de desligar automaticamente ao fim do tempo pré-seleccionado;
  • Cesto da fritadeira com capacidade aproximada de 2,3L;
  • Potência máxima de 1650W.
  • Cor maioritariamente branca, tendo algumas partes pretas;
  • Cesto lavável na máquina de lavar loiça;
  • Cesto com revestimento anti-aderente.
O conteúdo da caixa é simples, pois apenas traz a Fritadeira e o manual de instruções. Manual este que ainda inclui algumas receitas para se fazer na “dita cuja” fritadeira.

De cor branca (não gosto, porque tem sempre tendência a amarelar com o tempo), inclui temporizador analógico regulável até ao máximo de 30 minutos. 



Possui 2 sinalizadores, dispostos em cada lado da pega, para que se possa controlar quando a temperatura pretendida foi atingida e aquando do seu funcionamento.



Regulador de temperatura analógico, permitindo escolher entre 80ºC e os 200ºC.



No topo do aparelho, encontramos em forma de desenhos, sugestões de temperatura e tempo de duração aproximado para certos tipo de comida, como por exemplo batatas fritas ou massa folhada.



O cabo de alimentação, no que respeita ao comprimento, não é mau, comparado com a maioria dos electrodomésticos hoje em dia, este até é comprido, tendo mais de 1 metro.
Quanto ao seu funcionamento, não me vou alongar, pois existe muita informação na internet sobre isso, mas basicamente, não existe muito a falar. Existe uma resistência no interior do aparelho e uma ventoinha que faz o ar quente produzido pela resistência, circular no interior do cesto, fazendo com que os alimentos fiquem cozinhados.
Mas… será que ficam bem cozinhados? E ficam saborosos? Bem, do pouco tempo que tivemos disponível, que a vida nos permitiu, experimentámos fazer batatas fritas (das que se compram pré-feitas ultracongeladas) e obviamente, se é para testar, então fizemos com 2 formatos, sendo elas em palitos e redondas (noisettes).
Seleccionámos 200ºC, marcámos 12 minutos no temporizador e, tal como indica o manual, a meio do tempo retirámos o cesto para dar uma mexedela, de modo a evitar que as batatas fritassem mais de um lado do que do outro. Ao fim do tempo marcado, ainda não estavam boas, e demos mais 2 minutos, ficando boas, para uma primeira vez.
O facto de ser necessário dar mais dois minutos é simples e também vem no manual, depende de dois factores, sendo um deles o facto de a fritadeira não ter sido pré-aquecida (o manual aconselha a deixar 2 ou 3 minutos ligada antes de introduzir os alimentos, e o outro facto, prende-se com a quantidade de batatas que estão no cesto. Lógico que quantas mais tiver, mais tempo demora a fritar.
Mas vamos lá ver como estavam antes e depois nas fotos abaixo… e tirem vocês as vossas conclusões…





 O sabor? Maravilhosas, na realidade igual às fritas em óleo, com a diferença… essa mesma… de não ter óleo. O que até dá gosto comer.
Mas é só vantagens? Não.
Na minha mera opinião, e é disso que se trata o blog, o facto de a fritadeira ser branca, para mim é um contra, pelo já mencionado anteriormente, ou seja, com o passar do tempo, tem tendência a ficar amarelada.
A pega do cesto é outro ponto negativo. O que une a pega e o cesto são meramente 2 parafusos e respectivas porcas. A nossa até vinha solta, sendo necessário proceder ao aperto. Mas com o tempo, o uso e o peso da comida, a pega vai acabar por ceder por ai. Actualmente, com tanta tecnologia, já não justifica aparafusar, quando poderia ter sido soldado ou cravado.
A nível estético, os sinalizadores em ambos os lados da pega, poderiam ter sido evitados, assim tinham poupado dinheiro e podiam ter reforçado a pega ou baixado o preço ao produto. Compreende-se que o intuito de repetir os sinalizadores, é para que a informação destes possa ser visualizada, independentemente do lado que observemos a fritadeira. Caso só tivessem colocado os sinalizadores do lado esquerdo da pega, por exemplo, e estivéssemos a visualizar a fritadeira do lado direito, não iríamos conseguir vê-los. Mas esta situação era facilmente resolvida, colocando os sinalizadores no topo da fritadeira.
O facto de não existir a possibilidade de visualizar o interior do cesto, sem ter de retirar o mesmo do local e parar o processo da fritura, é outro ponto extremamente negativo, senão mesmo o mais grave deles todos.
E para conclusão das desvantagens, o facto de termos de virar a comida manualmente é algo que também não favorece muito, pois possivelmente, poderia e deveria ter sido pensando uma forma automática, de mexer a comida, de forma lenta e meiga para não desfazer a mesma, evitando o cozinheiro/a de ter de estar a parar a máquina para controlar este processo.
Para concluir, pode-se considerar um bom investimento, tendo em conta que estamos a falar de um artigo robusto com 3 anos de garantia, em que não tem a necessidade de qualquer tipo de óleo ou gordura para fritar. Deste modo, colabora não só para uma melhoria da saúde (principalmente para quem tem problemas de colesterol), como para o meio ambiente, que já não existe o problema dos despejos de óleo usado nas sanitas e outros locais, como ainda contribui para a poupança na carteira não sendo necessário comprar garrafas de óleo. E como se não bastasse, ainda evita deixar o fogão, parede, tachos e frigideiras sujos das frituras, bem como já não fica aquele cheiro a fritos.
E acima de tudo… já não se corre o risco de pegar fogo à cozinha, esquecendo o óleo ao lume (já nos aconteceu…)
Pelo exposto, consideramos que é um produto APROVADO pelos bedelheiros!

9 comentários:

  1. Bom dia!
    E quanto aos consumos? Gasta assim tanta luz como se apregoa por aí?
    Obrigada!

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  2. É totalmente FALSO que existam "fritadeiras sem óleo" que permitam olhar para dentro e ver os alimentos, sem ter que se abrir a tampa! Seria mesmo quase impossível, porque os vapores e gorduras dos alimentos inibiriam a vigilância...
    Depois, é normal em todas estas maquinetas que se abanem certos alimentos (ou mesmo que se retire o cesto) e se proceda manualmente ao virar dos alimentos. Mesmo em fritadeiras de 300€ (Delonghi topo de gama, por exemplo, que eu comprei, ou Tefal).
    Também não é verdade que estas "fritadeiras sem óleo" não necessitem de um pouquinho de óleo para cozinhar certos alimentos! E uma colher de chá de óleo é muito?... Vai fazer mal à saúde?...
    (Batatas fritas pré-congeladas, bem como outros alimentos pré-congelados, NÃO precisam de óleo).
    NOTA:
    Estou a escrever este comentário em 28 de Junho de 2018.

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    1. Olá Anónimo, obrigada pela sua mensagem. Apesar de tarde, queremos apenas esclarecer que não fizemos afirmações universais, referimos a nossa experiência com a fritadeira de ar quente da Silvercrest (Lidl) e nunca referimos que havia outras fritadeiras que fizessem isto ou aquilo ou que fossem melhores. Lamentamos que tenha sido essa a mensagem que fizemos passar.
      É verdade que consideramos que o facto de estarmos a cozinhar e não termos qualquer visualização dos alimentos é um aspecto negativo. Fica como sugestão para as marcas desenvolverem as maquinetas nesse sentido, caso achem que esta ideia seja útil/possível. Não concordamos totalmente com a ideia de que os vapores e gorduras inibam a vigilância, porque então os fornos e os microondas não teriam portas de vidro. Dependerá, talvez, da natureza dos alimentos e se calhar nalguns isso acontece.
      Em relação ao óleo, tem toda a razão. Dependendo do que se cozinha, pode ser necessário juntar um pouquinho de óleo (por exemplo para fazer batatas caseiras). E concordamos quando diz que não vai fazer mal à saúde. É sem dúvida uma grande melhoria em relação às frituras feitas por imersão em óleo.

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    2. Eu tenho uma actifry e consigo ver se as batatas já estão douradas oi não. E não apanho vapores.

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  3. Como é que faz rissois e croquetes ? Existe algum tempo específico ? comprei uma que fala do tempo e temperatura de tudo menos dos rissois e croquetes

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    1. Olá Rita, os rissóis e croquetes "normais" (para cozinhar por imersão em óleo) ficam comestíveis mas com aspecto cru por fora (ou seja, ficam branquinhos porque o pão ralado não vai ficar corado). O interior cozinha na mesma, o exterior fica firme, ligeiramente estaladiço e o sabor é em tudo semelhante, mas tem esse inconveniente de parecer cru. Devem ser comidos na hora porque depois o exterior endurece e ficam desagradáveis. Já não fazemos há muito tempo mas acho que fizemos algo como 200ºC durante uns 10-15 minutos. Se o aspecto for importante (por exemplo para uma festa) então o ideal será comprar salgadinhos apropriados para preparar no forno e deve seguir as indicações da embalagem.

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  4. Comprei uma mas não estou satisfeita!Muito barulhenta e demora muito mais tempo a cozinhar que o tempo referido.

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